quinta-feira, abril 28, 2005

Mudo

No desespero de um grito mudo que me altera o mundo, procuro o peito quente que me resguarde do Vento, procuro o abraço que me prenda aqui, o abraço que me prenda a ele e não me deixe partir.
Procuro um peito sem dono, um abraço sem nome, um nome por desvendar que se esconde por tras de um beijo doce que ainda não tive mas que almejo.
Sonho com o peito quente que me vai salvar, com os braços quentes de quem sinto o calor mas não me deixa desvendar a sua cara... anseio por la poder descançar.
Sinto-me carente sem o meu abraço, sei que o Vento me vai tornar a levar, uma e outra vez, gostava de uma vez poder parar e apreciar o mundo como se fosse estatico, como se fosse teu, como se fosse nosso.

terça-feira, abril 26, 2005

Desejos

No silencio insurdecedor que escorre no meu eco, encontro sinais de som que me levam ao infinito, que fazem perguntar se os caminhos que percorro são os mais correctos, se não sera tempo de os alterar, de me deixar tomar pela loucura da anarquia musical que se enfrenta e apenas sentir.
Deixar a vida como a conheço e mudar de atitude, de paixões mas manter-me fiel a mim mesma.
Apetece-me fugir, encontrar um grande amor, viver na praia e deixar-me estar, pensar que sou a pessoa mais feliz do mundo e não me preocupar com nada.... desejos.

domingo, abril 17, 2005

Caliente

Saudosa de um Tango, um passo de dança caliente!
Oiço a musica que gostei ao fundo e sinto saudades da alegria que senti.
Não que fique triste por isso, pois a sua alegria mostrou-me outra forma de ver o mundo, simplesmente gosto de ver um sorriso tão grande pleno de alegria!
Como diz a musica, só estou bem onde eu não estou!
E neste momento a minha realidade é essa!

segunda-feira, abril 11, 2005

Alegria

Fui surpreendida pelo chegar da alegria.
Quando esperava um fim de semana enfadonho, mais um simplesmente, fui atropelada pela alegria Sul Americana, os ritmos latimos e as palavras que soam sempre bem.
Numa imensidão de palavras doces, de ternuras sem maldade, tanto que ate desconfiei.... fiz novos amigos, recordações que vão permanecer na minha memoria com a imensa ternura do oceano que nos separa.

quarta-feira, abril 06, 2005

O meu grito do Ipiranga

Sem querer deixei o Vento passar e não me deixei levar.
Mudei, agarrei-me e vou lutar pelo que quero, pelo braços fortes, pelo mundo mas principalmente por mim.
Cansada de ver o que quero partir, conformar-me com as opções que não partem de mim mas que interferem em pleno com a minha vida.... cansada de chorar um pranto que não mereço, um pranto que não me pertence.
Jogo as lagrimas para a frente e faço chuva. Hoje serei eu a comandar o meu mundo e não o Vento, vou calar a minha alma e dar-lhe razões para sorrir.
E a razão é só porque tambem mereço ser feliz!

sábado, abril 02, 2005

...

No pranto da minha solidão recordo o que tive para mim, anseio por ele novamente e desespero pelo abraço que esfria.
Procuro cantar o que me encanta, para não esquecer nem um momento, nem o mais infimo carinho que os seus olhos deixaram reluzir.
Procuro no infinito que me leva para la da bruma, a ternura que me cativou e o abraço que me deixou cativa.
Tento encontra-lo por mais uma vez, nos meus sonhos, nos meus pensamentos e desespero por saber que ele me pode esquecer.
Guarda-o para sempre na memoria de um beijo.

sexta-feira, abril 01, 2005

Choro

Oiço o som da saudade que ao fundo chora sozinha, chora como eu pelo carinho que não tem, pelo que não percebe, pela ternura que parte e a solidão que sente.
A minha alma encontra-se perdida, minguada num pranto sem ter fim, ouve, como se de uma memoria se trata-se a tristeza que a deixou partir, sente falta do seu abrigo, daqueles braços fortes que por uma noite não a deixaram partir, a deixaram cativa no calor de um corpo que não o seu, num odor que lhe soube a mel mas que a saudade transforma em fel e faz com que a alma se encolha.
Sinto saudade daquilo que me é privado, do que posso ter por momentos apenas e que o Vento leva para longe.
Levo comigo a ternura de um beijo só.