sexta-feira, abril 01, 2005

Choro

Oiço o som da saudade que ao fundo chora sozinha, chora como eu pelo carinho que não tem, pelo que não percebe, pela ternura que parte e a solidão que sente.
A minha alma encontra-se perdida, minguada num pranto sem ter fim, ouve, como se de uma memoria se trata-se a tristeza que a deixou partir, sente falta do seu abrigo, daqueles braços fortes que por uma noite não a deixaram partir, a deixaram cativa no calor de um corpo que não o seu, num odor que lhe soube a mel mas que a saudade transforma em fel e faz com que a alma se encolha.
Sinto saudade daquilo que me é privado, do que posso ter por momentos apenas e que o Vento leva para longe.
Levo comigo a ternura de um beijo só.